terça-feira, 9 de julho de 2013

Cap. 162 - Stones taught me to fly

                          Capitulo 162

    Assim que entraram no quarto Priscila sentou na cama, Kiko puxou uma cadeira e sentou-se de frente pra ela.

_Agora me fala, o que houve Kiko?
_Priscila, eu vi você e o Bruno trocando olhares, foi isso?
_Sim, por quê?
_Percebi isso desde o começo da tarde.
_Tá isso é normal, a não ser que... (Parou por um segundo) Kiko, você está interessado em mim?
_Não, nem cola. Mas é que ontem você me falou sobre o seu namoro com o Xandy, não acha que está fazendo errado retribuindo esses olhares pro Bruno?
_Pô, você me chama aqui pra vir dar lição de moral? Na boa Kiko, sou bem crescidinha pra saber as maldades do mundo. – Se levanta, mas Kiko segura seu pulso.
_Não terminei, sente-se. – Ela senta impaciente. – Percebi também que você está exagerando um pouco na bebida, dá uma parada.
_De ídolo agora passou pra meu irmão mais velho? Ah Kiko me deixa.
_Olha Priscila, meu relacionamento com a Flavia é mais ou menos como o seu e do Xandy, temos quase os mesmos anos de relacionamento, por isso eu não admitiria se Flavia fizesse isso o que você está fazendo na ausência dele, e digo mais, não caia nas conversas do meu irmão, ele é solteiro, não tem nada a perder.
_Você não sabe o que se passa no meu relacionamento com o Xandy, sabe o que ele fez hoje? Me traiu com uma garota que há muito tempo estava tentando algo com ele.
_E por que ele fez isso, você vai agir da mesma maneira? Vai ser mesquinha como ele? Na boa Pri, pensei que você fosse mais madura.

    Priscila não falou mais nada, ficou pensativa, Kiko só estava querendo o bem dela e estava certo, ela não poderia fazer nada demais. Sentiu-se culpada não só pelos olhares retribuídos a Bruno, mas a bebida que tinha exagerado.

_E agora? – Falou depois de minutos de silêncio.
_Agora? Você vai se afastar um pouco de Bruno, ele também exagerou um pouco na bebida.  Me desculpa se eu agi assim mas é que não quero que você se sinta culpada depois. Ok? – Ela assentiu. – Assim fico mais tranqüilo – Levantou-se, girou a chave, destrancando a porta – E não exagera na bebida tá? Lembra que você está tomando conta da Jully.
_Deus! A Jully – Pôs as mãos na cabeça – Manu vai me matar, jurei a ela que a menina estava na festa mas já são mais de sete e nada do Leandro chegar.
_Fica calma, você não tem culpa de nada, o Leandro tem todo direito de sair com a filha.
_Ok – Ela se levanta e fica de frente a ele – Ai grandão, obrigada por me abrir os olhos, me dá um abraço?

    Abraçaram-se e permaneceram ali por alguns segundos, o suficiente para Bruno abrir a porta e presenciar a cena.

_Opa! Tá querendo pegar minha mina Kiko? A Flavia está lá embaixo dizendo que já vai pra casa.

Kiko: _Como assim ela já vai?
Bruno: _Sei lá, acho até que já foi.
Kiko: _Com licença – Foi até a porta, parou, se virou – Pri, pensa no conselho que te dei.
Priscila: _Beleza.

  Ele saiu e deixou Bruno a sós com ela.

_Então, vai me mostrar o que as Alagoanas tem de melhor? – Se aproximou dela e entrelaçou as mãos.
_Nã-não Bruno, olha, tenho namorado.
_O que é que tem? Não sou ciumento amor. – Segurou o rosto dela
_Mas acontec...

     Foi interrompida por um beijo cheios de segundas intenções, ela bem que tenta sair dos braços dele mas Bruno é forte e logo vai empurrando-a para a parede mais próxima, após as bocas desgrudarem, Priscila ainda fica atônita, inerte, levou uns dois segundos para cair a ficha.

_Se você quiser, terá mais desses, é só passar no meu quarto antes de dormir. – Ele se retirou do quarto.


  Ela continuou ali por alguns minutos até sentir suas pernas fortes para sair e descer.

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    Kiko desceu as escadas nas pressas, estava se perguntando por que Flavia fizera isso. Assim que chegou na sala Regina estava voltando da área externa.

_Kiko
_Mãe, cadê a Flavia?
_Foi embora, disse que ia pegar carona com um amigo seu, vocês brigaram? Ela estava tão triste.
_Não brigamos, não que eu lembre. Será que aconteceu alguma coisa? Vou ligar pra ela – Discou o numero só que estava na caixa postal – Vou na casa dela, tem alguma coisa errada.
_Kiko, seus amigos ainda estão lá embaixo.
_Fica fazendo sala pra eles mãe. Já volto.

  Saiu nervoso e imaginando onde errara com a namorada.

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    Leandro passou a tarde com Natalia e Juliet, queria ter mais momento assim. Natalia ainda tentava algo, segurava Juliet no colo mas logo a menina chorava, foram para uma sorveteria.

_Prince, termina de tomar seu sorvete, já terminei o meu, enquanto isso, me dá a Juliet.

    Ela segurou a menina nos braços e ficou mimando-a, ainda não tinha jeito de pegar a criança mas Leandro percebia seu esforço e sua boa vontade. Tirou uma foto das duas abraçadas e guardou no celular e terminou seu sorvete. No fim da tarde Juliet estava chorosa e com sono, foram para o apartamento de Natalia, ela deu banho e logo Juliet adormeceu, foi para sala.

_Porque você não descansa Prince, vai dormir um pouco.
_Não, quero ficar aqui. – Passou o braço pelo ombro dela.
_Então vou colocar um filme para assistirmos.

    Colocou um filme de romance e logo voltou para o lado dele, encostou a cabeça no ombro e ficou ali, Leandro estava quase dormindo.

_Prince.
_Hum.
_Quando é que vamos formar uma família? Amei cuidar da Jully, agora quero ter uma filha.
_Rsrsrs teremos.
_Estou falando serio Leandro. – Levantou a cabeça para encará-lo

    Leandro suspirou impaciente, Natalia já vinha o pressionando há alguns meses, isso o chateava.

_Estou falando serio também Natalia, só te peço paciência.

     Ela não falou mais nada, voltou a assistir o filme, Leandro saiu da sala, deixando o celular com ela, se levantou e foi dormir ao lado de Juliet, gostava de ter esse momento com a filha, olhou para ela ali, deitada e lembrou de Manuela, a saudade bateu. Puxou um travesseiro que estava na ponta da cama deitou-se ao lado dela, por muito custo, adormeceu. Acordou já passava das sete, Natalia estava preparando a mesa para o jantar e Juliet tinha acordado naquele momento, colocou a filha nos braços e foi até a cozinha.

_Nat, já são mais de sete.
_Tá e daí?
_Porque não me acordou?
_Ah Prince você e a Jully estavam dormindo tão bem que nem quis acordar. Vamos jantar.
_Não, tenho que ir pra casa
_Eu vou com você
_Não precisa.
_Prince (Falou manhosa) fica, depois do jantar você vai.
_Não dá Naty, amanhã eu venho por aqui.
_Ok, então vou te levar até a porta.

    Antes de sair pegou o celular que estava no centro e desceu. Após beijos e mimos em Juliet eles saíram.


      POV ( Point of view / Ponto de vista) 

“Achei maneiro a idéia que Naty deu de sairmos com Juliet, acho bacana isso. Fiquei com receio de sair assim com a minha filha e a minha namorada, alguém poderia avisar a Manuela, talvez até Priscila, não sei por que cochilei na casa de Naty, perdi meu tempo e acho que agora todos estão preocupados.”

   Leandro entrou em casa e Regina estava lá na sala, ao vê-lo com Juliet foi até eles.

_O que aconteceu? Demorou tanto?
_Tava na casa da Naty
_Ah, e porque desligou seu celular?
_Meu celular? Não desliguei não. – Puxou o aparelho do bolso, realmente, ele estava desligado. – Acho que descarregou.
_Me dá a Juliet.
_Ela dormiu na casa da Naty – Não olhou para a mãe enquanto falava, estava ligando o celular e... Ele estava carregado. – Estranho.
_O que foi?
_Nada – Se jogou no sofá.

     Regina saiu dali e foi até onde Priscila estava na área externa, essa ao ver Juliet nos braços da avó abriu um sorriso largo, segurou a menina nos braços e ficou olhando para saber se estava tudo bem com ela.

_Priscila, quer que eu a leve lá pra cima, ela está meio sonolenta.
_Não precisa eu vou levá-la.
_Ah deixa eu fazer isso, não tenho a Juliet por aqui todos os dias.
_Tá isso é um direito seu como avó!

  Sorriram e logo Regina levou a neta para o quarto.

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    Leandro estava mexendo na internet pelo celular, mais precisamente no facebook e viu que Manuela tinha sido marcada na foto ao abrir viu ao lado de um rapaz, rapaz esse que ele conhecia o rosto... Era Mauricio.

Continua...

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