Capitulo 37
_Você enlouqueceu Mauricio?!
_Não, sinto que te amo e te quero pra mim, olha, vamos casar fazer tudo
formalmente, vamos dar um lar feliz a esse bebê?
Manuela até que poderia
aceitar, pois lhe veio na memória quantas vezes os dois fizeram planos de
casar, ter filhos. Mas naquela época era mais uma menina boba apaixonada nos
seus 16 anos, agora era uma mulher feita.
_Não Mauricio, eu vou arcar com a minha responsabilidade sozinha. Nunca
iríamos dar um lar feliz para essa criança, com um tempo iríamos discutir e
todo aquele amor que tínhamos um dia, iria acabar.
_Como você é burra garota! Estou te fazendo uma proposta pra tirar teu
nome da lama e você vem com esse papinho? Você fala que discutiríamos e na sua
casa como é que está? Ando ouvindo comentários que seu pai anda te repudiando. – Ele
falou revoltado
_O QUE ACONTECE OU DEIXA DE ACONTECER NA MINHA CASA SE REFERE A MIM. JÁ
CHEGA MAURICIO! EU VOU CRIAR SOZINHA ESSE BEBÊ E ACABOU A HISTORIA!
Manuela se retirou dali com
as lagrimas caindo, falar do pai ainda mexia na sua ferida que estava
cicatrizando, sempre fora a queridinha do papai e agora o próprio lhe virava a
cara todos os dias. Aproximou-se das meninas e Analice estava lá.
Analice: _Manu? Porque você está chorando? –
Abraçou a amiga.
Manuela: _Por tudo o que está acontecendo comigo Ana,
tudo está me deixando estressada – Se soltou do abraço e ficou limpando as lagrimas
– Mas serei forte e vou
superar tudo.
Priscila: _Ela foi conversar com o Mauricio
Analice: _E aí?
Manuela: _Ahh é muito longa a historia
Analice: _Ótimo, vamos pra minha casa.
Todas saem e vão para casa
de Analice, menos Kátia e Letícia porque tinham um trabalho da faculdade para
fazer.
A casa de Analice estava
entre as poucas casas de luxo que tinham na cidade, era uma verdadeira mansão,
era tudo muito requintado por dentro. Muitos empregados, motoristas,
jardineiros.
Priscila: _Ô Ana e sua mãe vai nos deixar ficar aqui essa
tarde, Dona Ana Claudia às vezes é meio seria.
Analice: _Aquilo é só aparência, minha mãe tem um
coração enorme. Ahh e hoje ela vai para um leilão beneficente e só volta lá
pelas cinco da tarde.
Priscila: _Ahh tá entendi o porquê você nos convidou
agora.
Manuela: _Pri, larga de ser chata.
Priscila: _Esmola demais o santo desconfia Manu.
Passaram a tarde
conversando sobre gravidez e Mauricio. Estavam empolgadas na sala de visita e
Analice tinha ido lá pra fora para atender o celular, Daniele tinha ligado pra
ela e como ela respeitava que Priscila não ia com a cara da amiga dela resolveu
atender no jardim. Ana Claudia chega toda fina e elegante.
_Boa tarde meninas.
Manuela: _Boa Dona Claudia.
Priscila: _Oi Dona Claudia, tudo bem?
Claudia: _Tudo sim
Ela ficou um minuto ali
parada e com uma cara de receio de perguntar algo, mas criou coragem.
_E o bebê Manu, nasce quando?
_Em Outubro
_Nossa, tem muito tempo daqui pra lá.
_Pois é
Priscila sentiu que a mãe
da amiga queria falar algo mais do que isso e realmente estava certa.
Claudia: _Manu... Eu posso lhe pedir uma coisa?
Manuela: _Pode falar
Claudia: _Então... Imagino como seus pais estão passando
por isso... M-Mas Manu... Não me leve a mal... O que vou falar não quero nem
que a Ana saiba... M-Manu, depois de tudo o que aconteceu, não é só na
faculdade que o seu assunto é comentado até porque seu pai é muito conhecido...
Manuela: _Continue Dona Claudia.
Claudia: _Manu, gostaria que você se afastasse da minha
filha... Sabe como é, a alta sociedade anda questionando a honra da minha filha
pelo simples fato dela estar andando com você... As pessoas são muito malvadas
né? – Ela tremia as mãos – Mas quero que saiba
que não é nada pessoal, mas... Você poderia se retirar da minha casa? Se as
pessoas desconfiarem que você anda freqüentando aqui podem nos afastar de vez
do ciclo de amizade e quem sofreria com tudo isso seria a Aninha.
Continua...
Nenhum comentário:
Postar um comentário