sábado, 23 de fevereiro de 2013

Cap. 37 - Renegada - Parte 2



                                 Capitulo 37


 _Você enlouqueceu Mauricio?!
_Não, sinto que te amo e te quero pra mim, olha, vamos casar fazer tudo formalmente, vamos dar um lar feliz a esse bebê?

     Manuela até que poderia aceitar, pois lhe veio na memória quantas vezes os dois fizeram planos de casar, ter filhos. Mas naquela época era mais uma menina boba apaixonada nos seus 16 anos, agora era uma mulher feita.

_Não Mauricio, eu vou arcar com a minha responsabilidade sozinha. Nunca iríamos dar um lar feliz para essa criança, com um tempo iríamos discutir e todo aquele amor que tínhamos um dia, iria acabar.
_Como você é burra garota! Estou te fazendo uma proposta pra tirar teu nome da lama e você vem com esse papinho? Você fala que discutiríamos e na sua casa como é que está? Ando ouvindo comentários que seu pai anda te repudiando. – Ele falou revoltado
_O QUE ACONTECE OU DEIXA DE ACONTECER NA MINHA CASA SE REFERE A MIM. JÁ CHEGA MAURICIO! EU VOU CRIAR SOZINHA ESSE BEBÊ E ACABOU A HISTORIA!

     Manuela se retirou dali com as lagrimas caindo, falar do pai ainda mexia na sua ferida que estava cicatrizando, sempre fora a queridinha do papai e agora o próprio lhe virava a cara todos os dias. Aproximou-se das meninas e Analice estava lá.

Analice: _Manu? Porque você está chorando? – Abraçou a amiga.
Manuela: _Por tudo o que está acontecendo comigo Ana, tudo está me deixando estressada – Se soltou do abraço e ficou limpando as lagrimas – Mas serei forte e vou superar tudo.
Priscila: _Ela foi conversar com o Mauricio
Analice: _E aí?
Manuela: _Ahh é muito longa a historia
Analice: _Ótimo, vamos pra minha casa.

     Todas saem e vão para casa de Analice, menos Kátia e Letícia porque tinham um trabalho da faculdade para fazer.

     A casa de Analice estava entre as poucas casas de luxo que tinham na cidade, era uma verdadeira mansão, era tudo muito requintado por dentro. Muitos empregados, motoristas, jardineiros.

Priscila: _Ô Ana e sua mãe vai nos deixar ficar aqui essa tarde, Dona Ana Claudia às vezes é meio seria.
Analice: _Aquilo é só aparência, minha mãe tem um coração enorme. Ahh e hoje ela vai para um leilão beneficente e só volta lá pelas cinco da tarde.
Priscila: _Ahh tá entendi o porquê você nos convidou agora.
Manuela: _Pri, larga de ser chata.
Priscila: _Esmola demais o santo desconfia Manu.

      Passaram a tarde conversando sobre gravidez e Mauricio. Estavam empolgadas na sala de visita e Analice tinha ido lá pra fora para atender o celular, Daniele tinha ligado pra ela e como ela respeitava que Priscila não ia com a cara da amiga dela resolveu atender no jardim. Ana Claudia chega toda fina e elegante.

_Boa tarde meninas.

Manuela: _Boa Dona Claudia.
Priscila: _Oi Dona Claudia, tudo bem?
Claudia: _Tudo sim

Ela ficou um minuto ali parada e com uma cara de receio de perguntar algo, mas criou coragem.

_E o bebê Manu, nasce quando?
_Em Outubro
_Nossa, tem muito tempo daqui pra lá.
_Pois é

   Priscila sentiu que a mãe da amiga queria falar algo mais do que isso e realmente estava certa.

Claudia: _Manu... Eu posso lhe pedir uma coisa?
Manuela: _Pode falar
Claudia: _Então... Imagino como seus pais estão passando por isso... M-Mas Manu... Não me leve a mal... O que vou falar não quero nem que a Ana saiba... M-Manu, depois de tudo o que aconteceu, não é só na faculdade que o seu assunto é comentado até porque seu pai é muito conhecido...
Manuela: _Continue Dona Claudia.
Claudia: _Manu, gostaria que você se afastasse da minha filha... Sabe como é, a alta sociedade anda questionando a honra da minha filha pelo simples fato dela estar andando com você... As pessoas são muito malvadas né? – Ela tremia as mãos Mas quero que saiba que não é nada pessoal, mas... Você poderia se retirar da minha casa? Se as pessoas desconfiarem que você anda freqüentando aqui podem nos afastar de vez do ciclo de amizade e quem sofreria com tudo isso seria a Aninha.

Continua...

Nenhum comentário:

Postar um comentário