sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Cap. 29 - Reencontro



                       
             Capitulo 29



    Leandro conversa um pouco com Regina e diz que vai buscar algo no ônibus, desce numa carreira só, encontra Manuela esperando-o.

_Vem. – Ele a puxa para que entre no ônibus.

    Entram e sentam nas primeiras poltronas. Leandro a puxa para um beijo intenso com  direito a pegadas no corpo dela, naquela hora ela estava sentindo algo muito diferente, era um prazer muito forte, uma vontade de transar com ele ali mesmo, logo se conteve, tinha que falar pra ele antes que o show começasse. Ela o empurra.

_O que foi Manu? Você não me chamou para isso? Então, estamos matando a saudade.

_Não Lê, não foi por isso, eu tenho algo pra te falar.

_Xii já sei, ta namorando.

_Não é isso.

_Então é o que?

Ela tinha que procurar as palavras certas para não assustá-lo, mas nada veio na sua mente.

_L-Leand... Leandro eu estou grávida – Ela esconde o rosto com as mãos e começa a chorar.
_Putz! Imagino como você deve estar, grávida nessa idade? E quem é o pai? É aquele seu ex?

Ela para de chorar e fica encarando-o como ele poderia dizer isso?

_Não Leandro... Depois de você eu não transei com ninguém.

     Leandro cai em si e logo entende o recado, ela estava querendo dizer que ele era o pai dessa criança. Todo aquele amor que estava começando a sentir por ela mudou em raiva, na opinião dele ela era mais uma biscate em seu caminho querendo se dar bem.

_Então é isso, você está querendo jogar pra cima de mim?

Ela ficou mais nervosa ainda.

_Não posso fazer nada Leandro, eu bem que não gostaria de estar aqui te falando isso.

Leandro baixa a cabeça e fica ali parado pensando por uns cinco minutos

_Você tem certeza?

_Claro que tenho, olha – Ela abre a bolsa e lhe mostra o resultado do exame. – E ainda fiz o teste de farmácia.

Leandro olha para o exame, mas ainda não tinha caído a ficha.

_Você não entendeu a pergunta que eu fiz. Perguntei se você tem certeza que esse filho é meu.

Manuela ficou pálida, como ele poderia fazer uma pergunta dessa.

_E você acha que eu sou uma biscate ao ponto de inventar uma historia dessa? Como você ousa Leandro?

_Me desculpa mas não te conheço a não ser daquele Navio, nem sei com quem você sai ou deixa de sair.

_Me desculpa Leandro, mas se você acha que vai se sair bem nessa historia está enganado. EU NÃO FIZ SOZINHA ESSE BEBÊ! – Ela se alterou.

Leandro se levanta e anda de um lado pro outro no corredor. Para diante dela.

_E QUEM MANDOU VOCÊ NÃO TOMAR A PORRA DA PILULA ANTICOSEPCIONAL?

Ela se assustou com a voz alterada dele. Mas não se intimidou.

_E QUEM MANDOU VOCÊ NÃO USAR CAMISINHA? AGORA VEM JOGAR PRA CIMA DE MIM?



_MAS VOCÊ TEM VARIAS ALTERNATIVAS, PORQUE NÃO TOMOU A PILULA DO DIA SEGUINTE?



_EM PLENO ALTO MAR ACHA QUE EU IRIA COMPRAR AONDE? ME FALA CACETE!

Leandro começa a ficar mais nervoso ainda. Não iria assumir aquela criança, era novo demais pra isso.

_Me desculpa Manu mas eu não posso assumir essa criança.

Manuela começa a chorar. Levanta-se, dá um bote na mão dele tomando o exame.

_Deixa que eu me viro do meu jeito.

     Ela desce daquele ônibus aos prantos, não imaginou que isso iria acontecer, não pensou que ele iria abandoná-la. Leandro ia descendo para chamá-la mas achou melhor não, alguém poderia ver ele saindo do ônibus junto com ela. Ficou ali esperando dar uns cinco minutos para depois voltar pro camarim.

Continua...

Nenhum comentário:

Postar um comentário