quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Cap. 42 - Garoto eu odeio amar você



                                    Capitulo 42


   Kiko: _Manuela né? Tudo bem?
Manuela: _Tudo bem até vocês chegarem!!!

Ela tenta fechar a porta na cara deles mas Kiko põe o pé.
_Olha Manuela não viemos aqui para brigar.

_POUCO ME IMPORTA, AGORA SAIAM DAQUI!

Suzane escutou os gritos da filha e correu para a porta.
_Manuela está tudo be... – Ela se assustou com os três caras altos que estavam na porta da casa dela. – Boa tarde... Espera, conheço vocês dois de algum lugar...

_Sou o Leandro.
_E eu o Kiko, somos do KLB

    A mãe se assusta e lança um olhar para a filha... “Santo Deus, no que essa menina se meteu?” Pensou a mãe.

_Prazer... Mas... O que vocês estão fazendo aqui? – ela olha para a filha – Manu... Você mandou carta para algum programa?
_Não mãe, eles se confundiram de casa e já estão de saída né? – Ela lança mais uma vez um olhar de fúria.
_Não, você sabe por que estou aqui Manuela... – Leandro cria coragem pra falar.
_CALA A BOCA LEANDRO E SOME DAQUI!
_Manuela! Para já com grito. – A mãe repreende.
_Pois bem vou falar pra sua mãe e espero eu que você já tenha preparado ela – Leandro olha para Suzane – Bom como a senhora se chama?
_M-me chamo Su-Suzane, por quê? – Ela fala toda assustada.
_Dona Suzane, não sei se a senhora sabe mas a Manuela está grávida.
_Pode ficar tranqüilo, disso eu to sabendo.
_Bem, eu sou o pai dessa criança.

     Suzane sentiu um baque no peito, em menos de dez segundo a historia de Manuela mudou completamente.

_C-como rapaz?
_Isso mesmo.
_O-olhe... Vamos entrar, não quero que os vizinhos vejam essa confusão aqui.
_Mãe, eles não vão entrar aqui. – Manuela continua sendo arredia.
_Cala a boca Manuela! Eles vão entrar e acabou.

     Eles entram e se sentam no sofá. Carlos preferiu voltar pro carro, falou que qualquer coisa ligasse pra ele.

_Vocês querem um suco, água, café?

Kiko: _Uma água.
Leandro: _Pra mim também.

Suzane vai para a cozinha e deixa Manuela a sós com eles.
_Quem mandou você vir aqui Leandro... E como me achou?

Leandro: _Tenho meus contatos.
Kiko: _Olha Manuela não queremos confusão, só queremos te ajudar.
Manuela: _Não importa, quando eu precisei de você Leandro, você me deu as costas.
Leandro: _Tenta entender que eu me assustei com aquilo tudo.

Suzane chega com os copos de água, entrega a eles.

_Quem quer começar a falar? – Ela olhou para ele e para a filha

Leandro: _Olhe Dona Suzane, sei que agi de maneira errada desde o começo quando conheci a Manu naquele Cruzeiro e não me preveni. Tempos depois fizemos um show aqui em Pernambuco e ela veio até mim e me contou que estava grávida e eu agi como um moleque lhe virando as costas, hoje estou aqui para redimir do meu erro.

       Suzane passou alguns segundos olhando para Manuela e para Leandro ao mesmo tempo, não sabia se chorava ou se sorria pelo fato de saber que seu neto teria um pai.

_Aquele show em Pernambuco que você foi com as meninas, foi ele? – Ela perguntou pra Manuela.
_Sim mãe.

       Ela baixou a cabeça e ao lembrar-se de tudo que sofreu naquela noite começou a chorar. Leandro sentiu uma vontade enorme de ir até ela e lhe abraçar, enxugar suas lagrimas e dizer que estava tudo bem. Mas se controlou.

Kiko: _Olhe Dona Suzane, o que eles fizeram só tem uma explicação: São jovens ainda, não imaginavam que isso viria a acontecer. Mas quero que a senhora saiba que vamos ajudar a Manuela no que for preciso.
Suzane: _E os pais de vocês, como ficaram?
Kiko: _Eles ainda não sabem, mas estou representando eles tenha certeza disso.
Leandro: _Fica tranqüila Manu que agora que te achei, não vou deixar faltar nada para o nosso filho.
Kiko: _Sem contar que seremos presente na vida desse bebê sempre, não iremos só ajudar e pronto, como prova disso queremos que você vá para São Paulo passar uns dias lá na nossa casa.
Suzane: _Ela não pode ir agora, tem aula de faculdade e não pode perder.
Manuela: _E nem quero, me deixem em paz e não me procurem mais.

      Ela subiu para o quarto, se trancou e chorou muito, não via mais Leandro como o príncipe dos seus sonhos que ela imaginava todas as noites antes de dormir. Cinco minutos depois Suzane bateu no seu quarto, ela abriu.

_fala Mãe. – Ela volta pra cama
_Fala? Fala você. E trate de começar falando desse maldito cruzeiro.
_Eles já foram?
_Sim, peguei os contatos deles e prometi que vou falar com os seus professores e no máximo semana que vem você vai pra lá.
_Mãe eu não vou!
_Me desculpa Manuela, mas sua birra foi embora junto com sua inocência depois que engravidou, está na hora de agir como Mulher e não como uma menina. Acabou!

      Suzane tinha razão, Manuela não podia mais ficar agindo como uma menina de quinta serie. Tinha que entender que o Leandro era o pai daquele bebê e que daquele dia em diante, infelizmente teria que ter contato com ele.

_Agora chega de enrolar e comece contando tudo, com detalhes me entendeu?
_Mãe, eu fico com vergonha – Ela baixou a cabeça.
_Manuela, está na hora de você deixar essa vergonha de lado, foi por causa disso que não conversamos sobre sexo e hoje você está nessa situação.
_Já disse que você não tem culpa de nada mãe.
_Chega de enrolar, fale agora.

       No começo Manuela se envergonha de falar sobre esses assuntos com a mãe, mas depois se solta e por um minuto se pega rindo com a mãe, acariciando a barriga e sabendo de detalhes de como foi quando Suzane estava grávida dela.

Continua...

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