Capitulo 155
_O que? Ficou doidinho? Rsrsrs (Baixou a
cabeça)
_Viu? Eu estava certo, você tá aí toda tímida.
_Não, eu e o Felipe só temos amizade,
sei lá, demoramos em nos encontrarmos e quando isso acontece, fica um clima
gostoso.
_Gostoso é?... Sei...
_Bruno! (Repreendeu-o fazendo um meio
sorriso)
_Ah para vai Manu, pensa que eu não
percebi, ele também diz o mesmo mas vive perguntando por você.
Manuela não
questionou mais nada, mas ficou em silêncio, admirando o lago. Então depois de
uma noite sofrida, alguém conseguiu arrancar um sorriso dela. Abriu um sorriso
bobo, sim, ainda existia alguém fora Leandro que a fazia se sentir bem e
protegida. Procurou mudar de assunto e conversou com Bruno sobre as garotas que
ele pegava, achou um amigo para conversar esses dias que iria ficar naquela
fazenda.
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Leandro acordou
e procurou atualizar na sua mente o que estava o fazendo mal e ter dor de
cabeça, refletiu e em meio segundo tudo veio à tona, lembrou da cena que
Manuela fizera, o choro de Natalia ali na frente de todos, mas quando entraram
no quarto para dormir brigaram, ela não cansou de o acusar de “dar liberdade a mãe da sua filha, por isso
estava assim” na hora não achou nenhum argumento, baixou a cabeça e após o
sermão da namorada foi ao banheiro, tomou um banho e ao voltar dormiu, apagou.
Levantou-se e
fez sua higiene, ao voltar viu que Natalia ainda estava dormindo, saiu do
quarto direto para a cozinha, Regina estava na sala, mas foi em direção ao
filho.
_Lelê?
_Oi mãe.
_Pela cara está com dor de cabeça
(Alisou os cabelos dele)
_É, tem algum remédio aí
_Tenho, vou buscar, enquanto isso vai
tomando seu café.
Ela saiu e ele
ficou ali pensativo, ainda estava com muita raiva de Manuela, não pela cena que
dera, mas por ter tido a audácia de sair dali de mãos dadas com Felipe. Regina
lhe entregou o comprimido, que só tomou depois do café, ficou ali, pensativo.
_Mãe, cadê a Manuela?
_Acordou cedo, tomou café com Bruno e saíram
para passear com Juliet. Por quê? Não vai conversar com ela agora Leandro, pelo
seu humor isso vai resultar em briga.
_Não vou mais esperar, preciso falar com
ela e tem que ser agora.
Saiu dali, foi
para o quarto, tomou um banho, se trocou e saiu pela fazenda procurando por
ela. Achou os dois sentados na grama em frente ao lago conversando, Bruno assim
que o viu deu um pulo.
_Leandro?
_Bruno sai que quero conversar com a
Manuela.
_Mas tem que ser agora? Eu estava
conversando com ela
_Seu assunto não é tão importante que não
possa esperar, agora sai.
_Bem, depois conversamos mais Manu – Estava saindo com Juliet nos braços –
Posso levar a Jully?
_Leva.
Assim que Bruno
saiu Manuela sentiu seu corpo tremer, aquela sensação de discussão que estava
por vir veio a tona e pela cara de Leandro bater papo animado é que não seria. Levantou-se,
cruzou os braços em volta do busto.
_Fala Leandro.
_Posso saber que ceninha medíocre foi
aquela? Acho que você me deve uma boa explicação.
_Acho que você também me deve uma boa
explicação – Se aproximou
dele – Pensa que eu não vi o olhar que lançou para mim enquanto estava
conversando com Felipe? Isso tudo o que você fez depois foi armação. Você sabia
que eu não estava preparada psicologicamente para ver aquilo, nós tínhamos conversado
sobre isso.
_Armação? Você só pode estar louca! Por
mim você pode conversar com quem quiser e vai se preparando porque a Natalia
vai ficar aqui e eu vou deixá-la pegar na minha filha.
_Longe de mim! É só isso o que te peço.
_Depois de ontem você não está com moral
nenhuma pra pedir nada Manuela.
_Você sabe muito bem porque eu fiz
aquilo tudo, você quem começou.
_Olha, já chega Manuela! Cansei das suas
infantilidades ok? Chega de ciúmes bobos, a Natalia é minha namorada e eu vou
pegar a Juliet quando eu quiser.
_Engraçado como você muda quando está
perto dela né Leandro? Ainda ontem de madrugada me tratava com carinho,
respeito, insistindo que eu viesse pra cá. Não esqueça que assim como você está
fazendo sua vida eu também tenho todo direito. – Sentiu seus olhos arderem e algumas
lagrimas fujonas escorrerem pelo seu rosto.
Só vinha na
mente de Leandro a imagem dela saindo de mãos dadas com Felipe, a fúria veio
toda de uma vez.
_Fazer a sua vida? E desde quando algum
garoto te quer para assumir em publico? Sua vida será essa Manu, nunca será
digna de te apresentarem na sociedade como uma dama...
_Cala a sua boca – Segurou na gola da camisa dele
_Eu estou mentindo? – A empurrou, fazendo-a encostar-se em uma
arvore – Você deveria ter se acostumado com essa vida que tem. – Se afastou dela e deu dois passos para
ir embora, mas voltou – Ahh e aproveita que vai transar com
Felipe e faz um filho com ele, assim será mais uma pensão para sua conta
bancaria. Seu fim será esse, viver de pensão dos homens pais de seus filhos.
Manuela voou em
cima dele e lhe deu dois tapas na cara.
_VOU TE FAZER ENGOLIR ESSAS PALAVRAS
LEANDRO. UM DIA VOCÊ VAI ME PEDIR PERDÃO DE JOELHOS E EU VOU TE RENEGAR. NÃO
PENSE QUE VOU ACEITAR VOCÊ DE NOVO IR ME PROCURAR COM CARA DE CACHORRO E ME
PEDIR PRA VOLTAR... EU TE ODEIO LEANDRO!
_ME ODEIA MAS SABE QUE SOU O ÚNICO QUE
QUER TRANSAR COM VOCÊ... VAGABUNDA! – Segurou-a pelos braços e a chacoalhou – O
QUE FOI? HOJE NÃO TEM O KIKO PRA TE SEPARAR DE MIM E EU POSSO FAZER O QUE
QUISER!
_ME LARGA SEU IDIOTA. – O empurrou e saiu dali correndo.
Todo o caminho
até a casa a vista de Manuela estava embaçada, lagrimas caiam livremente,
procurou se acalmar antes de entrar, não queria que alguém percebesse, feito
isso, entrou na casa e foi correndo pro quarto. Flavia ouviu toda a conversa de
Leandro e Regina e logo entendeu o que tinha acontecido, foi até o quarto dela.
_Manu... – bateu na porta. –
Manu abre, sou eu, Flavia.
A chave girou e ela deixou que Flavia
entrasse. Agarrou-se nos braços dela e chorou alto, soluçou.
_Shhiii. – Alisava as costas dela –
Calma Manu.
Deitou Manuela
na cama que chorava sem parar. Após se acalmar contou tudo para ela, que ficou
indignada.
_Mas porque o Leandro fez isso? Santo
Deus.
_Não sei Flavia... Não posso falar – Voltou a chorar.
_Entendo que você não quer falar mas e
agora, o clima vai ficar estranho.
_Vou voltar, aqui nessa fazenda eu não
fico mais.
_Voltar... Pra onde?
_Pra Maceió. Não vou conseguir ver isso
tudo, me dá nojo.
_Não Manu, olha, você mesma me disse que
sua mãe não pode ter raiva, já pensou se você volta antes do tempo, o que ela
vai dizer? Pensa.
Manuela ficou
ali parada por alguns minutos, não queria voltar pra casa mas também não queria
ficar ali.
_Eu não sei o que vou fazer. – Voltou a chorar.
_Eu
sei, vamos voltar pra São Paulo, você fica lá comigo no meu apartamento.
Continua...
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