terça-feira, 2 de julho de 2013

Cap. 155 - Decepção e tristeza

                  Capitulo 155

_O que? Ficou doidinho? Rsrsrs (Baixou a cabeça)
_Viu? Eu estava certo, você tá aí toda tímida.
_Não, eu e o Felipe só temos amizade, sei lá, demoramos em nos encontrarmos e quando isso acontece, fica um clima gostoso.
_Gostoso é?... Sei...
_Bruno! (Repreendeu-o fazendo um meio sorriso)
_Ah para vai Manu, pensa que eu não percebi, ele também diz o mesmo mas vive perguntando por você.


       Manuela não questionou mais nada, mas ficou em silêncio, admirando o lago. Então depois de uma noite sofrida, alguém conseguiu arrancar um sorriso dela. Abriu um sorriso bobo, sim, ainda existia alguém fora Leandro que a fazia se sentir bem e protegida. Procurou mudar de assunto e conversou com Bruno sobre as garotas que ele pegava, achou um amigo para conversar esses dias que iria ficar naquela fazenda.

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     Leandro acordou e procurou atualizar na sua mente o que estava o fazendo mal e ter dor de cabeça, refletiu e em meio segundo tudo veio à tona, lembrou da cena que Manuela fizera, o choro de Natalia ali na frente de todos, mas quando entraram no quarto para dormir brigaram, ela não cansou de o acusar de “dar liberdade a mãe da sua filha, por isso estava assim” na hora não achou nenhum argumento, baixou a cabeça e após o sermão da namorada foi ao banheiro, tomou um banho e ao voltar dormiu, apagou.

     Levantou-se e fez sua higiene, ao voltar viu que Natalia ainda estava dormindo, saiu do quarto direto para a cozinha, Regina estava na sala, mas foi em direção ao filho.

_Lelê?
_Oi mãe.
_Pela cara está com dor de cabeça (Alisou os cabelos dele)
_É, tem algum remédio aí
_Tenho, vou buscar, enquanto isso vai tomando seu café.

     Ela saiu e ele ficou ali pensativo, ainda estava com muita raiva de Manuela, não pela cena que dera, mas por ter tido a audácia de sair dali de mãos dadas com Felipe. Regina lhe entregou o comprimido, que só tomou depois do café, ficou ali, pensativo.

_Mãe, cadê a Manuela?
_Acordou cedo, tomou café com Bruno e saíram para passear com Juliet. Por quê? Não vai conversar com ela agora Leandro, pelo seu humor isso vai resultar em briga.
_Não vou mais esperar, preciso falar com ela e tem que ser agora.

     Saiu dali, foi para o quarto, tomou um banho, se trocou e saiu pela fazenda procurando por ela. Achou os dois sentados na grama em frente ao lago conversando, Bruno assim que o viu deu um pulo.

_Leandro?
_Bruno sai que quero conversar com a Manuela.
_Mas tem que ser agora? Eu estava conversando com ela
_Seu assunto não é tão importante que não possa esperar, agora sai.
_Bem, depois conversamos mais Manu – Estava saindo com Juliet nos braços – Posso levar a Jully?
_Leva.

     Assim que Bruno saiu Manuela sentiu seu corpo tremer, aquela sensação de discussão que estava por vir veio a tona e pela cara de Leandro bater papo animado é que não seria. Levantou-se, cruzou os braços em volta do busto.

_Fala Leandro.
_Posso saber que ceninha medíocre foi aquela? Acho que você me deve uma boa explicação.
_Acho que você também me deve uma boa explicação – Se aproximou dele – Pensa que eu não vi o olhar que lançou para mim enquanto estava conversando com Felipe? Isso tudo o que você fez depois foi armação. Você sabia que eu não estava preparada psicologicamente para ver aquilo, nós tínhamos conversado sobre isso.
_Armação? Você só pode estar louca! Por mim você pode conversar com quem quiser e vai se preparando porque a Natalia vai ficar aqui e eu vou deixá-la pegar na minha filha.
_Longe de mim! É só isso o que te peço.
_Depois de ontem você não está com moral nenhuma pra pedir nada Manuela.
_Você sabe muito bem porque eu fiz aquilo tudo, você quem começou.
_Olha, já chega Manuela! Cansei das suas infantilidades ok? Chega de ciúmes bobos, a Natalia é minha namorada e eu vou pegar a Juliet quando eu quiser.
_Engraçado como você muda quando está perto dela né Leandro? Ainda ontem de madrugada me tratava com carinho, respeito, insistindo que eu viesse pra cá. Não esqueça que assim como você está fazendo sua vida eu também tenho todo direito. – Sentiu seus olhos arderem e algumas lagrimas fujonas escorrerem pelo seu rosto.

     Só vinha na mente de Leandro a imagem dela saindo de mãos dadas com Felipe, a fúria veio toda de uma vez.

_Fazer a sua vida? E desde quando algum garoto te quer para assumir em publico? Sua vida será essa Manu, nunca será digna de te apresentarem na sociedade como uma dama...
_Cala a sua boca – Segurou na gola da camisa dele
_Eu estou mentindo? – A empurrou, fazendo-a encostar-se em uma arvore – Você deveria ter se acostumado com essa vida que tem. – Se afastou dela e deu dois passos para ir embora, mas voltou – Ahh e aproveita que vai transar com Felipe e faz um filho com ele, assim será mais uma pensão para sua conta bancaria. Seu fim será esse, viver de pensão dos homens pais de seus filhos.

    Manuela voou em cima dele e lhe deu dois tapas na cara.

_VOU TE FAZER ENGOLIR ESSAS PALAVRAS LEANDRO. UM DIA VOCÊ VAI ME PEDIR PERDÃO DE JOELHOS E EU VOU TE RENEGAR. NÃO PENSE QUE VOU ACEITAR VOCÊ DE NOVO IR ME PROCURAR COM CARA DE CACHORRO E ME PEDIR PRA VOLTAR... EU TE ODEIO LEANDRO!
_ME ODEIA MAS SABE QUE SOU O ÚNICO QUE QUER TRANSAR COM VOCÊ... VAGABUNDA! – Segurou-a pelos braços e a chacoalhou – O QUE FOI? HOJE NÃO TEM O KIKO PRA TE SEPARAR DE MIM E EU POSSO FAZER O QUE QUISER!
_ME LARGA SEU IDIOTA. – O empurrou e saiu dali correndo.

     Todo o caminho até a casa a vista de Manuela estava embaçada, lagrimas caiam livremente, procurou se acalmar antes de entrar, não queria que alguém percebesse, feito isso, entrou na casa e foi correndo pro quarto. Flavia ouviu toda a conversa de Leandro e Regina e logo entendeu o que tinha acontecido, foi até o quarto dela.

_Manu... – bateu na porta. – Manu abre, sou eu, Flavia.

    A chave girou e ela deixou que Flavia entrasse. Agarrou-se nos braços dela e chorou alto, soluçou.

_Shhiii. – Alisava as costas dela – Calma Manu.

    Deitou Manuela na cama que chorava sem parar. Após se acalmar contou tudo para ela, que ficou indignada.

_Mas porque o Leandro fez isso? Santo Deus.
_Não sei Flavia... Não posso falar – Voltou a chorar.
_Entendo que você não quer falar mas e agora, o clima vai ficar estranho.
_Vou voltar, aqui nessa fazenda eu não fico mais.
_Voltar... Pra onde?
_Pra Maceió. Não vou conseguir ver isso tudo, me dá nojo.
_Não Manu, olha, você mesma me disse que sua mãe não pode ter raiva, já pensou se você volta antes do tempo, o que ela vai dizer? Pensa.

     Manuela ficou ali parada por alguns minutos, não queria voltar pra casa mas também não queria ficar ali.

_Eu não sei o que vou fazer. – Voltou a chorar.
_Eu sei, vamos voltar pra São Paulo, você fica lá comigo no meu apartamento.

Continua...

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