segunda-feira, 25 de março de 2013

Cap. 65 - Um amigo irmão



       Capitulo 65
 
Manuela Baixa a cabeça e começa a chorar.

_Olha Manu, eu vim aqui pra te chamar para irmos pro restaurante, mas já vi que você não está em condições né?

Ela se recupera do choro, se acalma mais.

_Me desculpa Kiko, mas dessa vez não vou
_Sei, quer conversar sobre algo?
_Não.
_Tem certeza? Não me veja como o irmão do Leandro, tampouco o artista. Me veja como um amigo, irmão.
_Ah só me bateu um ciúme bobo quando o vi com a Nat de mãos dadas, vai passar.
_Manuela quero que seja sincera comigo... Rolou algo a mais que juras do Leandro hoje?
_Hãn?! Não Kiko, fiquei triste porque o Leandro me prometeu tanta coisa boa e agora mudou tudo.
_Tem certeza? Não precisa mentir pra mim... Lembre-se do que te falei, me veja aqui como um amigo.

     Ela baixa a cabeça e começa a chorar, ele segura as mãos dela, depois a puxa para que encoste a cabeça no peito dele. Ela chora por longos minutos, depois se acalma.  Limpa o rosto.

_Então estou vendo isso como um sim, rolou algo entre vocês?
_Como assim Kiko?
_Tá, vou direto ao assunto. Vocês transaram ontem quando não tinha ninguém?
_Kiko...
_Pode falar Manu
_Sim. – Ela baixa a cabeça
_Não vou te julgar Manu e fica tranqüila, isso é normal.
_Mas agora me sinto arrependida por isso ter acontecido, ele só me usou.
_Não, pense no momento que foi bom.
_Juro que agora me arrependo de ter vindo pra cá.
_Não fala assim, aqui nessa casa não só tem o Leandro né?
_Você, o Seu Franco e Dona Regina são os únicos que me trataram bem.
_Quanto ao Bruno tenho certeza que com o tempo ele muda de opinião tá?... Manu, vamos conosco para você se divertir.
_Valeu Kiko, mas a noite pra mim já foi. Tô até me sentindo um pouco mole.
_Hum... Soube que você e o Leandro discutiram?
_Sim, ele me magoou. – Ela baixa a cabeça e volta a chorar.
_Ô Manu, não chora. Então ó, vou nessa, tem certeza que não quer ir?
_Me lembrei que tenho que fazer minha mala para amanhã. Mas valeu pela consideração!

Ele se levanta, para na porta

_Tem certeza que vai ficar bem?
_Claro que sim seu bobo. – Ela mostra um meio sorriso. – Pode ir.
_Ótimo, amanhã a Flavia vai te levar no aeroporto aí se despede de você tá?
_Beleza, beijos.

Kiko desce preocupado com Manuela.

Regina: _E aí, ela vai conosco?
Kiko: _Não, realmente ela discutiu com Leandro, ficou triste e decidiu ficar.
Flavia: _Se quiser que eu vá falar com ela.
Kiko: _Não amor, prefiro deixá-la aqui. Essa volta do Leandro com Natalia abalou.
Regina: _Pra falar a verdade abalou todo mundo.
Franco: _E aí Regina, vamos com eles?
Flavia: _Ai sogrinhos vamos!
Regina: _Acho melhor ficar com ela aqui.
Kiko: _Mãe, acho que a Manu quer ficar sozinha, por mais que fique aqui ela vai ficar trancada no quarto. Vamos?
Flavia: _Ah vamos, o jantar vai ser bem rápido porque depois eu e o Kiko vamos sair com a galera.
Franco: _Vamos Regina, vai ser rápido, eles já reservaram a mesa.
Regina: _Tudo bem.

   Eles saem para o restaurante. Regina vai com a mente ainda em casa, estava muito preocupada com Manuela.


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     Bruno tinha ido pra balada junto com Felipe e a galera, mas não estava se sentindo bem, algo lhe incomodava. Desde que sua mãe ordenara que ele voltasse para casa achou melhor não ir, não iria suportar ver a cara de Manuela ali. Felipe já estava se agarrando com uma loira que apresentou uma outra garota a Bruno, ele nem deu importância, não estava bem. Em um momento que a loira e a amiga foram ao banheiro Felipe conversou com o amigo.

_Cara o que está acontecendo? A Natasha te apresenta a morena aí e você não quer?
_Sei lá Felipe, to meio mal sabe?
_Pois trate de melhorar, a noite rende!
_O Felipe, você vai com ela pro seu apê?
_Vou, mas relaxa, sei que hoje você não dorme em casa, a morena vai te levar pro motel! KKKKKKK (risos altos)
_Não, eu vou dormir na casa da mãe ok?
_É serio isso Bruno?
_Sim, vou nessa, avisa pra garota que eu fui pra casa.
_Então falou.

Ele sai sentindo uma angustia forte em seu peito. 


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     Manuela já tinha feito a mala e tentou dormir quando sentiu uma pontada muito forte na barriga, uma cólica três vezes pior. Gritou mas se lembrou que não tinha ninguém para lhe ajudar, começou a chorar e correu pro corredor, ouviu barulho e saiu desesperada em busca de ajuda, se esbarrou em Bruno.

Continua...

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