sexta-feira, 21 de junho de 2013

Cap. 146 - Tempo, tempo, tempo, tempo...

         Capitulo 146

    Os meses se passaram e nada de Manuela e Leandro terem contato. Não tinham coragem e ele estava a todo vapor focado no cd que iria ser lançado alguns meses depois.

     Depois de dois meses, Suzane conseguiu uma transferência para trabalhar no banco da capital, como já imaginavam, Mario vendeu o apartamento, ela pegou a parte dela e investiu em um outro, esse era um pouco mais confortável, três quartos com suítes, mais um na área de serviço, era perto de tudo que favoreciam a elas – Trabalho, faculdade – E por lá iriam ser bem mais felizes, com um tempo tudo iria se encaixar. Manuela saiu do trabalho onde lecionava, com a faculdade a todo vapor já estavam cogitando um suposto estagio na área dela, isso a deixava muito feliz, pelo menos no campo profissional não iria sofrer já que no campo do amor sua vida estava uma porcaria! Não queria ver Leandro tampouco ouvir sua voz, mas se ela tinha uma filha com ele teria que agir como adulta, ligava para Kiko e pedia para ele passar para Leandro ouvir a voz da filha e conversar como todo pai babão faz, assim como ela, Leandro não queria ouvir a voz de Manuela, assim que falava com a filha devolvia o celular para o irmão mais velho. Priscila não cansava de se sentir culpada por tudo o que acontecera com a amiga, sempre que dava passava por lá, mimava Juliet e aproveitava para visitar Alexandre que agora estava na capital por questões de estágios.

     Para Leandro estava sendo difícil, não falar com Manuela era tortura, vez outra sonhava com ela e ao acordar no meio da noite ficava pensando nos momentos bons que tiveram, nas noites no cruzeiro, como tudo era tão bom sem ter responsabilidades, ali estavam livres. Nas ultimas noites ele estava sonhando muito com ela, acordou, viu que Natalia estava do seu lado, saiu da cama sem que a mesma percebesse e foi para a sala, abriu o notebook, ligou o Skype e só tinha uma pessoa online... Manuela. Não iria ter esse descaramento de ligar para ela e ao menos ouvir sua voz, mas a tentação era grande demais, não iria teclar, não iria fazer nada, ainda ensaiou algumas coisa escrevendo mas logo apagou, desligou e voltou para a cama para dormir... Em vão. No outro dia já no Studio, Kiko estava afinando um de seus violões ao lado de bruno.

Kiko: _Quer conversar Leandro? – Não tirou a atenção do violão mas como sempre sentiu que ele queria papo.
Leandro: _Não.
Bruno: _Fala logo, cê tá muito estranho.
Leandro: _Só to com sono.
Kiko: _Sono? Não dorme por quê?
Leandro: _Ahh ando pensando numas coisas aí
Bruno: _Essas coisas se chamam Manuela?
Leandro: _Cala a boca, não é dela que estou falando e nem quero falar por um bom tempo. Sei lá, acho que estou ansioso pelo cd.
Bruno: _Ah conta outra Leandro, você nunca fica assim meio sentimental por causa de um cd.
Kiko: _Olha Leandro vou te dar minha opinião. Se você não consegue dormir, porque não alivia essa tensão ligando para Manuela? Isso deve ser remoço pelo o que disse a ela.
Leandro: _Eu disse e ela disse palavras fortes também, simplesmente não consigo ligar. Ontem ela estava online e eu não consegui ligar pra ela, nem ao menos teclar com ela. Caralho ela é a mãe da minha filha e eu não estou conseguindo ter um contato com ela! Mas que porra! – Se levantou e ficou andando de um lado pro outro.
Kiko: _Vá até ela. Mas que merda! (Xingou, pois não estava conseguindo obter êxito na afinação do instrumento) – Em momento algum olhou para o irmão. Estava muito ocupado com seu ‘maldito’ violão.
Leandro: _Fala serio, eu não vou conseguir. E se... E se ela não quiser olhar na minha cara?
Bruno: _A melhor desculpa sua será a Jully. Você tem todo direito de ver a sua filha cara.
Kiko: _Vai lá, se ela não te atender, diga que quer falar algo muito importante e lhe peça desculpas. A mãe dela está morando com ela, irá te ajudar.

      Ele ficou atentado a ir, já tinha terminado sua parte no cd, a saudade que estava sentindo de Juliet era enorme também, ás vezes chorava vendo uma simples foto dele com a filha... Precisava ver Manuela!


      De repente se viu no aeroporto, sozinho, passagens em mãos esperando o vôo que ia para Maceió. Afinal, o que estava fazendo? Nem ele mesmo sabia, simplesmente Manuela não saia de sua cabeça dia e noite. Oras imaginava ela aceitando seu perdão e lhe amando, mas logo via em sua mente a ultima discussão que tiveram e a mesma cara dela o expulsando do apartamento, mas ela não poderia fazer nada com ele ok? Era pai de Juliet, estava ciente dos seus direitos como tal. Kiko conseguira o endereço do novo apartamento delas com Priscila – Que fez questão de ajudá-lo para refazer a besteira que fizera com a amiga – Iria pra lá... Agora era tudo ou nada

Continua...

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