Cap. 139 - Momentos decisivos

                        Capitulo 139

   Manuela chegou em Maceió e Suzane já a esperava com brilho nos olhos.

_Mãe

_Minha filha, que saudade. Deixe eu ver como você está? Eles cuidaram bem de você? – Analisou a filha de cima a baixo

_Mom, eu estou bem.

_Então vamos pra casa.

      Voltaram para a cidade em meio a conversas do tipo, Mario, ele ainda não queria conversa com a filha. Chegaram e Luzia já as esperava, ficou um pouco com Juliet até ela adormecer, depois voltou para a cozinha. Manuela puxou assunto com a mãe na sala.

_Mãe, precisamos conversar

_Manuela, que você não me venha com esse papinho de que vai morar em SP, eu não vou deixar.

_Não é isso, mas é quase. Mãe, já que eu tirei boas notas eu decidi transferir minha faculdade pra capital.

_Espera, você quer ir morar na capital? De jeito nenhum!

_Mãe, lá fica mais fácil do Leandro visitar a Jully, eu posso arranjar um emprego...

_O problema é, a Juliet mal nasceu e você quer arranjar um emprego? Você acha que vai conseguir? E quem vai ficar com a Juliet enquanto você estiver trabalhando? Definitivamente não Manuela! Ainda sou sua mãe.

_Mãe, eu não vou ficar nessa casa com um clima estranho que estou tendo com o papai. Eu quero morar lá e pronto.

_E você acha que o Leandro vai te bancar? A pensão que ele te manda todo mês é pra sua filha e não pra você. Não concordo e acabou Manuela! Você não sai daqui!

     Ela estava arredia, não conseguia ver sua menina tomando conta de uma casa, filha, estudar na faculdade e ainda ter que trabalhar. Luzia apareceu na sala.

_Dona Suzane, se a senhora permitir que eu me meta no assunto, posso?

_Claro Luzia, você literalmente viu essa menina nascer.

_Dona Suzane, deixa a menina ir pra lá. Veja, desde que meu menino foi pra capital e arranjou um emprego por lá, sinto uma saudade enorme dele. Eu posso ir pra lá junto com a menina Manu, cuido da Juliet e assim fico mais perto do meu filho e da minha nora. Por favor!

     As três choravam, Suzane não queria deixar sua filha partir, Manuela queria ir pra capital e Luzia achou ali uma esperança de ficar mais próxima do filho, principalmente agora que a Nora estava grávida.

_Essa é uma decisão muito difícil pra mim, Manuela, não queria que você saísse daqui, mas sei que não posso te impedir e que mais cedo ou mais tarde isso iria acontecer. Vá, e se não der certo por lá, venha que eu estarei te esperando. – sentiu as lágrimas caírem em seu rosto.

Manuela: _Mas mãe e a senhora? A Luzia vai comigo?

Suzane: _Vai sim, eu é que não deixaria você ir sozinha né?

Luzia: _Pode deixar Dona Suzane que eu vou tomar conta dessas duas meninas como se fossem minha filha e minha neta. Quanto a uma pessoa para ficar aqui, posso pedir pra Maria, minha sobrinha vir ficar aqui com a senhora.

Suzane: _Obrigada Luzia, já gostava do trabalho da Maria aqui quando você estava de férias, agora vou amar.

    Abraçaram-se as três, agora Manuela tinha um novo caminho a seguir.

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     O mês de Janeiro foi muito corrido para Manuela, pedir transferência, levar pra capital toda a papelada, despedir-se de todos da faculdade, despedir-se das amigas. No começo de fevereiro já estava toda equipada em Maceió, ali começaria uma nova vida.

     Os primeiros dias de aula estavam sendo agradáveis, as pessoas não eram nada iguais aquelas da faculdade da cidade em que morava. Lá ninguém a olhava torto, ou cochichava por ela ser mãe solteira, muito pelo contrario, lá achou um muitas meninas assim, nessa situação dela ou pior. Algumas pessoas ainda descobriam quem ela era, mãe de Juliet, viam por fotos de revistas, fotos em redes sociais e a paparicava sempre. Chamaram para passar o carnaval na turma, mas ela preferiu ficar em casa, ao lado de Suzane.

     Os meses passaram rápidos, com isso Juliet estava esperta, agora gritava, sorria, os sonos estavam fora de hora e às vezes Manuela passava a madrugada acordada.

     Em uma sexta-feira, voltou da faculdade e passou a tarde paparicando a filha na varanda, Luzia tinha saído para visitar o filho.  Mario entrou lá, deu de cara com ela, que se levantou assustada.

_O que você está fazendo aqui?!

Continua...