Cap. 138 - Olhar venenoso

                       Capitulo 138

     Manuela acordou com o choro de Juliet, olhou para o relógio do celular, já tinha passado das nove. Levantou-se, deu à mamada a filha e voltou com ela para a cama, viu Leandro dormindo como um anjo.

_Vamos acordar o papai?

   Sentou na cama e colocou a filha sentada, próximo ao rosto dele.

_Papai... Acorda... – Sussurrou Manuela

   Ele abriu os olhos e viu Juliet, abriu o sorriso mais largo da sua vida.

_Jully – Sentou na cama e a segurou no colo.

_Fica aí com ela que vou ao banheiro.

 Lavou o rosto e pode perceber que a casa estava em silêncio. Voltou para o quarto

_Leandro, ontem você jogou a camisinha onde?

_Na lixeira do banheiro, porque?

_Porque não me lembro de ter visto você saindo da cama

_Você estava cansada. Rsrsrs. Vamos descer? Tô morrendo de fome

_Acho que a galera ainda está dormindo

_Assim é que é melhor, eu preparo algo para nós. Segura a Jully

    Enquanto ela colocava uma roupa, ele foi para o quarto trocar de roupa, se encontraram na cozinha. Leandro fez um sanduíche para os dois aos olhos atentos de Juliet. Regina apareceu minutos depois.

Regina: _Bom dia

Leandro: _Bom dia, mãe, cadê todo mundo?

Regina: _Kiko e Flavia foram para o apartamento dela, Bruno saiu pra uma balada e chegou às seis da manhã, deve estar dormindo lá em cima.

Manuela: _Engaçado, quem eu não vi ontem na festa foi o Felipe, onde ele está?

  Leandro fechou a cara

Regina: _O Bruno disse que ele viajou para casa da família. Ele vive perguntando por você

Manuela: _Poxa, que legal.

Leandro: _Pronto, já pararam de falar sobre o Felipe? Que saco!

    As duas ficaram sem entender, ou melhor, Regina, porque Manuela sabia muito bem que era ciúme. Pela manhã todos ficaram na varanda, conversando animadamente.

Manuela: _A passagem de volta pra Alagoas que vocês compraram, é pra quando?

Leandro: _Coloquei pra o dia cinco, lembra que você me disse que as férias da sua mãe seria em Janeiro? Pois bem, eu sabia que iria querer ficar com ela.

Manuela: _Vocês bem que poderiam ir para lá né?

Regina: _Ahh minha querida enquanto esse mês é de férias para uns, para outros é ralação. Os meninos vão entrar em Studio, aí já viu né? Mas em outras épocas iremos sim. E você, vai morar na capital mesmo?

Manuela: _Sim Dona Regina, quero arranjar um emprego por lá.

Regina: _E vai conseguir, se Deus quiser.

    Conversaram animadas, no fim da tarde Kiko e Flavia chegaram e pela noite o jantar foi pizza, com direito a voz e violão, definitivamente, ela estava amando ter esse “passe livre” na casa deles. Aqueles dias foram os mais rápidos e felizes da sua vida. O dia de partir tinha chego e com isso vários choros, abraços fortes em Juliet.

Regina: _Manu, não vou te levar no aeroporto mas já sabe né? Quando puder, venha pra cá.

Manuela: _Falo o mesmo Dona Regina, espero por todos vocês.

   Entrou no carro, pela primeira vez Leandro quem iria levá-la ao aeroporto.

_Se prepara que lá deve ter inúmeros paparazzi atrás de um clique da nossa filha

_Uhum.

_E não se assusta tá?

_Rsrsrs pode deixar.

    Chegaram ao aeroporto e em meios de vários cliques de lentes de paparazzi, Leandro achou melhor dar uma parada para fotos ou então eles não os deixariam em paz  lá dentro.

_Enfim nos livramos

_ah vai, até que não tão ruim posar para fotos

_Serio que você gostou Manu? KKKKK

   Ficaram rindo, fizeram o check-in e aguardaram o vôo em uma lanchonete, uma voz familiar surgiu

_Manu, Lê?

Viraram-se e viram Emily ali.

_O-oi Emily, tudo bem?

_Quem é essa? – Leandro estava confuso

Emily: _Prazer, Emily Rocha. Não lembra de mim? Eu que me agarrei em você naquele cruzeiro, primeira noite a bordo.

Leandro: _Ahh claro, beleza?

Emily: _Beleza, posso ver a filha de vocês?

Manuela: _Claro

    Ela se aproximou bastante seria, assim como estivera desde que os chamou, olhou para Juliet

_Obrigada, a filha de vocês é muito bonita.

Leandro: _Obrigado

Emily: _Leandro, faz um favor pra mim? Quando ver a Nat diz que mandei beijos pra ela tá?

Leandro: _Claro, pode deixar.

Emily: _Obrigada, agora tenho que ir.

   Saiu e Manuela começou a ficar pálida.

_Manu? O que você tem?

_Essa garota colocou um olhar tão feio na Jully que estou até com medo dela ter colocado olhado na minha filha.

_Putz! Deixa pra lá

_Pra você que não sabe Leandro, essa daí mata e morre pela sua namorada.

_Olha, esquece tá? (Anunciaram a chamada do vôo dela) Viu? É o seu vôo. Vamos?

   Saíram da lanchonete direto para o portão de embarque.

_Lê, quando puder, vai pra lá?

_Ok, e você enquanto não arranjar um emprego vem pra cá quando arranjar uma brecha na facul?

_Pode deixar... Te amo

_Também.

  Abraçaram e ela partiu, entrou no avião, se acomodou, estava voltando pra casa.

Continua...