sexta-feira, 7 de junho de 2013

Cap. 132 - Quando os olhares se cruzam

           Capitulo 132

    Leandro passou a tarde com Natalia para distrair-se um pouco, ficar em casa só o deixaria mais tenso do que estava, queria ver sua filha logo, segurar nos braços, mimar, mas também queria ver Manuela, sentia um forte desejo e de uma maneira ou de outra iria fazer amor com ela, estava certo disso.

     No final do dia foi junto com a namorada para o programa que ela apresentava, seria o ultimo do ano e logo viria festa de confraternização. Uniu-se aos funcionários e se animou, todos estavam felizes, rolou até um amigo secreto, bebeu algumas doses de drinks, enfim, foi uma noite muito agradável. Levou Natalia para o apartamento dela, em meio a beijos de despedidas ainda dentro do carro ela fez um pedido.

_Prince, dorme aqui hoje?
_Não Nat, tenho que dormir em casa.
_Posso saber o motivo?

  Ele não tinha dito nada a ela sobre a vinda de Manuela, queria dizer no dia da festa.

_Ah Nat, to cansado, quero dormir um pouco
_E por acaso no meu apê não tem cama? Rsrsrs
_Tem mas o que vamos fazer nela é tudo menos dormir.

    Sorriram, se olharam e mais um beijo calmo aconteceu.

_Ok, vou te liberar. – Abriu a porta do carro mas voltou atenção a ele. – Que droga Prince! Esqueci de te dizer.
_Fala?
_Amanhã to viajando pra BH, a mãe me pediu para ir visitar meu pai, ele ligou pra ela reclamando da minha ausência.
_Mas você volta antes do dia 31?
_Se eu conseguir vôo sim, mas acho impossível.
_É, você passou o natal lá em casa, acho justo passar o réveillon com eles.
_Por isso que te amo, você é o melhor namorado do mundo!
_KKK nem tanto.
_Beijos

     Despediu-se de dele e entrou no edifício, Leandro saiu de lá todo feliz, no fundo estava desejando que isso acontecesse, não queria passar a virada de ano entre ela e Manuela. Ligou o radio e até chegou a cantar alto de tamanha felicidade. Chegou em casa e subiu, parou de frente ao quarto de Manuela, não iria entrar agora, estava com hálito de bebida, certo? Então foi para o quarto, tomou um banho e em menos de meia hora estava em frente ao quarto dela, bateu de leve e ela abriu, ficou cara a cara com ela daquela jeito, vestida com uma camisola perfeita, essa noite ele iria possuí-la, estava certo disso.

_Leandro?
_Manu

   Ficaram alguns segundos se encarando, sem jeito, em silêncio.

_Entra – Abriu mais a porta e ele adentrou.
_Como está a Jully?
_Agora? Dormindo. Rsrsrs

     Ele foi até o berço e ficou alguns minutos vendo a filha, que dormia como um anjo. Depois, foi para a cama e sentou ao lado de Manuela.

_E aí, como você está?
_Bem
_E a prova? Passou?
_Sim, graças a Deus.

  Mais silêncio percorreu pelo quarto. Leandro o quebrou

_Nossa filha está crescendo muito rápido.
_Você acha?
_Sim
_Vai puxar ao pai
_Pois é, nem parece que está com quase três meses.
_É.
_Mês que vem faz um ano que nos conhecemos.
_pois é, guardo boas recordações daquele cruzeiro.
_Eu também. E aí, como foi o Natal?
_O pior dos piores, nossa, meu pai e eu no mesmo ambiente não é nada bom ultimamente.
_Rsrsrs, imagino.

     Ela estava com as mãos em cima das pernas, entrelaçando os dedos como se estivesse nervosa com a simples presença dele ali. Leandro aproveitou e segurou a mão dela, apertou de leve.

_Lembra que eu estou te devendo algo?
_Está? Nem lembro mais o que é.
_É claro que você lembra.


   Colocou a mão na nuca dela e a puxou para um beijo forte e intenso.

Continua...

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