segunda-feira, 17 de junho de 2013

Cap. 142 - Situação difícil - Parte 2

                             Capitulo 142

Manuela: _Leandro, me solta.
Leandro: _NÃO! E PRA COMEÇAR, QUEM MANDOU VOCÊ DEIXAR A MINHA FILHA COM UMA ESTRANHA?
Manuela: _ELA NÃO É ESTRANHA E ME SOLTA – O empurrou com toda força e lhe deu um tapa na cara – PRA VOCÊ É BOM NÉ? TÁ PENSANDO QUE TODO MUNDO NASCEU EM BERÇO DE OURO COMO VOCÊ LEANDRO? VAI SE FERRAR! VOCÊ NÃO SABE O PORQUE VIM PARAR AQUI ENTÃO NÃO ME JULGA CARALHO!

   Após o tapa que Leandro recebeu Kiko e Regina seguraram Manuela.

Regina: _Manuela, te dou toda razão mas não admito que você bata no meu filho
Luzia: _soltem ela que essa menina não é nenhum cachorro sem dono! Na ausência de Dona Suzane eu que cuido dela! – Tirou Manuela dos braços deles.
Kiko: _Calma senhora, ninguém quer fazer nenhum mal a Manuela, só estamos aqui pra ajudá-la.

    Manuela sentou no sofá abraçada a Luzia, chorava e soluçava ao mesmo tempo. Kiko se aproximou dela.

_Manu, venha, precisamos conversar. – Se agachou e alisou o joelho dela.
_Vocês não sabem o que eu sofri e sofro... Por isso... Não me julguem – Sua fala estava cortada entre os soluços.
_Não sei porque nunca vivi isso mas quero te ajudar, venha. – Ofereceu a mão.

      Manuela segurou a mão dele e foi para a mesa, sentaram. Leandro ficou parado em um canto da sala, cabisbaixo, com raiva.

_Manu, me conte o que aconteceu pra você ter vindo parar aqui?
_Falei que tinha mudado pra capital não foi? – Ele assentiu – Então, acontece que meu pai chegou no apartamento me xingando, literalmente me expulsando de lá, essa foi a única alternativa.
_E porque não foi pra o nosso apartamento?
_Não queria preocupar vocês, achei que essa situação era temporária e que logo tudo iria se resolver. Nem minha mãe sabe a condição em que me encontro – Começou a chorar. – Falei pra ela que estava em um apartamento de uma amiga de faculdade que achei melhor ficar por lá.
_Olha Manu, queria que soubesse o quanto ficamos preocupados. Já pensou se alguém de lá de São Paulo soubesse disso? Iriam pensar que não te ajudamos. Lembra quando viemos falar com sua mãe e prometemos te ressarcir? Então era disso que estávamos falando. Acredite, você já faz parte da nossa família.
_Eu sei disso Kiko... – As lagrimas caiam com freqüência – Até agradeço, mas... Eu não tive coragem de pedir ajuda a vocês.
_Ótimo, agora que já sabemos de tudo que tal irmos agora para o nosso apê?
_Kiko... Não quero aperrear.
_Não vai aperrear, vamos fazer assim. Você fica lá por enquanto, quando terminarmos toda essa fase de gravação de CD compramos um apê pra você e pra Jully, que tal?
_Não, não quero.
_Ok cabeça dura! Rsrsrs mas por enquanto, vamos lá pra o apê?
_Amanhã eu prometo que faço minhas malas e vou.
_Nada de amanhã, vamos agora. Imagina aqui, sem ar-condicionado e a Jully morrendo de calor? É isso que você quer pra sua filha?
_Não
_Então, vamos?

     Ela olhou para Leandro, cabisbaixo, calado. Kiko entendeu que ela estava com receio de entrar no mesmo carro que ele.

_Vamos fazer o seguinte, arruma suas coisas, da Juliet e da... – Olhou para Luzia que falou o nome a ele – Luzia, enquanto isso eu vou levar a Mãe e o Leandro, ok?
_Tudo bem.

      Kiko levou a mãe e o irmão para o apartamento, dentro do carro só se ouvia sermões de Regina com Leandro. Assim que chegaram no apartamento, ele preferiu se trancar no quarto para não olhar na cara de Manuela quando ela chegasse lá, estava indo tudo tão bem e agora ela fazia essa mancada, porque?

       Manuela fez as malas e deixou para buscar o resto das coisas depois. Agora ficaria difícil, iria morar perto da faculdade mas longe do trabalho. Kiko apareceu e as levaram para longe daquele lugar, olhando agora ela pode ver a miséria que era, algumas lagrimas caíram mas ela limpou-as antes que alguém percebesse. Chegaram no apartamento deles já passava de meia-noite, Juliet já tinha conseguido dormir e ela como estava cansada logo adormeceu.

      Pela manhã Manuela acordou bem cedo, uma dor de cabeça atacou-a mas tinha que trabalhar. Levantou-se e foi para a cozinha, Luzia estava lá, fez um café e ela tomou bem rápido, estava quase atrasada, só teria tempo de amamentar Juliet e ir correndo, na saída viu Kiko conversando com Luzia.

_Lu, já vou. Dei a mamada de Jully e ela voltou a dormir. Bom dia Kiko

Kiko: _Bom dia, quer que eu te leve ao trabalho?
Manuela: _Obrigada, eu pego um ônibus.
Kiko: _Manu, agora você vai ter que abdicar dessa vida de pegar ônibus. Vamos, eu te levo.
Manuela: _ok... Lu, to indo tá?
Luzia: _Vá menina, qualquer coisa eu te ligo.

     Desceu junto com Kiko, no meio do caminho conversaram mais tranqüilo, super diferente do irmão, ele entendeu a situação dela, lhe deu conselhos, pararam na frente da escola.

_Nossa Manu, essa escola é tão assim. Não gosto de julgar mas sei lá. Você gosta de lecionar aí? Os funcionários te tratam bem?
_Agora que minha situação mudou Kiko vou só cumprir o trabalho, mas ainda hoje vou avisar a diretora que não vou mais poder lecionar... Apesar de que já estou acostumada com meus alunos.
_É, mas acho que agora você tem que acompanhar o crescimento da Jully né?
_É justamente por isso que vou deixar de trabalhar aqui. Kiko, muito obrigada por tudo. – O abraçou
_Não foi nada Manu, acho que quando você voltar, nós já estaremos em SP.
_Ah que pena, será que o Leandro vai me perdoar um dia?
_Tenho certeza que sim. Agora vá se não vai se atrasar.

   Ela desceu do carro mais feliz e cheia de esperança.

   Kiko deixou Manuela no trabalho e voltou pro apartamento, Leandro já estava de pé.

_Kiko, preciso que você me ajude.
_Pode falar

_Quero ir a um local tirar satisfação com um certo alguém.

Continua...

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