Cap. 95 - Matando a saudade com os amigos

                   Capitulo 95

_Fala serio! – Falou Priscila na quadra da faculdade no intervalo das aulas

_O que é Pri?
_Manu, você já leu essa porcaria de revista? E essa entrevista do Lê? Ah fala serio que essa garota disse isso!

_Nossa, mal chegou nas bancas e você já comprou? Eu mesma nem quero ler. – Deu de ombros para ela

_E está mais que certa! Não leia porque se eu estou lendo e me acabando de raiva aqui imagina você... Não, olha só o que vem dizendo aqui... “Quando questionada sobre a gravidez da garota, Natalia, a namorada do Leandro simplesmente falou: Tenho culpa disso ter acontecido, na época Lelê e eu tínhamos dado um tempo, ele me ligava todos os dias enquanto estava no cruzeiro, eu que não atendia. Já estou amando essa criança, não vejo a hora de vê-la e poder pegá-la.” (Citou num tom de desdém) MANUUU! FALA SERIO! MANDA ESSA GAROTA SER FALSA NA PUTA QUE PARIU!

    Manuela ficou triste ao ouvir a entrevista de Leandro e Natalia, mas diante de Priscila procurou não demonstrar. Kátia e Letícia aparecem.

_Manuuuu! – As duas gritaram

Abraçaram-se por bastante tempo.

Manuela: _Cadê vocês ontem no aeroporto me esperando?

Kátia: _Foi mal amiga, tivemos que ir para um congresso esse final de semana.

Manuela: _Depois quero saber de tudo me entenderam?

Letícia: _Pode deixar que te conto, nossa, apareceu cada gatinho por lá, juro que me derreti.

Kátia: _Você ficou com o Liu

Manuela: _Liu? Que nome estranho

Letícia: _Ah isso é só o apelido dele. Me conte Manu como é a casa dos nossos meninos! Ahhhh (Gritinho fino)

    Manuela bem iria contar se Priscila não tivesse soltado um “Porra” ainda lendo a entrevista.

Kátia: _Pri? O que você está lendo... Espera, tem o Leandro na capa! Ai, quero ver.

Letícia: _E você nem nos conta que o Leandro iria dar entrevista né Manu?
Manuela: _Essa entrevista é pra falar sobre a gravidez. Mas eu exigi que ele não mencionasse meu nome.

Letícia: _Boba! Se fosse eu, me exibiria pra todos ouvirem!

    As três amigas ficaram lendo a reportagem e a cada coisa que liam de engraçado, sorriam e às vezes Priscila discutia com uma delas. Analice aparece

_Manuuu!

Abraçaram-se forte.

_Que saudades minha amiga!

_Também estava Ana, me conte como está?

_Bem, e você? Como foi lá? Todos te trataram bem?

_Sim, Ana, fui a uma balada lá e logo lembrei de você

_Ai para! Serio? Ahhh que tudo! Me fala como é, final do ano eu e as meninas vamos combinar de irmos pra lá.

Priscila: _Meninas, porque não combinamos de passar a tarde na minha casa?
Kátia: _Boa idéia, como nos velhos tempos!

Letícia: _Concordo, quero saber de tudo o que você viveu lá Manu.

Analice: _Ah eu bem que gostaria mas tenho algumas coisas pra fazer.

Priscila: _Algumas coisas pra fazer ou a mamãe não deixa você andar em casa de pobres e pervertidas?

Analice: _Bom dia pra você também Pri. (Falou irônica) Não é isso, vou ter que sair com as meninas

Priscila: _Vai lá com sua ‘amiguinhas’

Manuela: _Pri, para com ciúmes! Ana, se você quiser, falto essa ultima aula para ficarmos conversando aqui na quadra.

Analice: _Valeu Manu, essas ultimas aulas estão vagas pra mim.

Kátia: _Então, quando sairmos daqui vamos todas pra casa da Pri?

Letícia: _Fechado!

     As três saíram para assistir aula e Manuela e Analice ficaram ali conversando e pondo os papos em dia. Pela tarde se reuniu com Kátia e Letícia na casa de Priscila e contou tudo o que aconteceu na casa dos Scornavacca, tantos momentos tristes como momentos alegres.

Manuela: _Bom foi isso

Kátia: _Sinceramente? Quem eu devo matar primeiro? O Leandro ou o Bruno?

Priscila: _Falei isso pra ela ontem.

Manuela: _Mas no meu interior desculpei todos.

Letícia: _Olha Manu, amo demais o Bruno mas abre o olho. Ele deve ser amiguinho da Nat.

Priscila: _Também acho.

Manuela: _Pode deixar meninas, estou ciente disso. Bom, agora tenho que ir se a mamis chegar em casa e não me ver lá vai brigar. Beijos.

      Despediu-se de todas e foi andando devagar, já passava das cinco da tarde e o sol estava indo embora. Ela ouve uma voz bastante conhecida quando vira, Mauricio aparece.

_Manu, que saudades – A abraça bem forte

_Também Mau mau, me conte como está?
_Bem e você?

_Bom, fora os enjôos estou bem.

_Vai pra casa?

_Sim por quê?

_Por nada, te acompanho

   Foram caminhando devagar e Manuela ainda sentia olhares estranhos das pessoas na rua.

_Não liga pra eles Manu, são todos assim, mal comidos

_Rsrsrs’ já me acostumei.

_Você foi pra São Paulo?

_Sim, não em São Paulo mesmo, foi no interior. – Procurou despistar para ele não desconfiar

_Visitar o pai do seu filho?

_Sim.

_Hum... Sinto saudades das nossas conversas.

_Também, na verdade sinto saudade da minha inocência.

_Nossa inocência... Tempos bons, não precisávamos de nada, só de estudar e tirar notas boas na escola.

_Pois é.

   Ficaram em silêncio somente caminhando cada um com seu pensamento. Mauricio puxou conversa

_Soube que o seu ídolo vai ser papai?

_Não, é mesmo? – Ela fingiu de boba

_Vi as meninas da sala com a revista e conversando. Pensei em você.

_Ah já deixei isso mais de lado.

_Rsrsrs’ lembrei do tempo que você era fissurada nesses caras. Ainda esse ano.

_Ahh foi no cruzeiro que percebi o quanto era bobo esse negócio de ser fã

_Percebi, você mudou muito.

Chegaram na frente da casa dela.

_Entregue

_Obrigada Mauricio.

_Não foi nada, Manu, quero que você saiba que nossa amizade ainda continua, caso um dia você precise de mim estarei aqui para te ajudar.

_Obrigada Mau mau.

      Os olhos de ambos brilharam e ficou um clima muito gostoso entre eles. Estavam calados mas os olhos estavam conversando. Abraçam-se forte o bastante para ela perceber que sempre sentiria segura diante dele. Mauricio nada falou, foi embora sem olhar para trás, ainda a amava.

Continua...